E tinha a glória de Deus. A sua luz era semelhante a uma
pedra preciosíssima, como a pedra de jaspe, como o cristal resplandecente.
Apocalipse 21.11
Por: Ronaldo A. Silva, 20 de junho de 2012
Neste final de semana estaremos
estudando a última lição da Escola Bíblica Dominical deste trimestre. A lição intitulada
“A Formosa Jerusalém” me despertou para fazer uma análise bem mais profunda sobre
o assunto. Não apenas por ser meu dever como professor de Escola Dominical, mas
também por pura curiosidade pessoal. Quem não gostaria de ter o privilégio de
tê-la contemplado com os próprios olhos como fez o apóstolo João? Já que não
tivemos e nem teremos este privilégio, antes do tempo, vamos tentar imaginar o
que o apóstolo realmente viu!
Lembram-se da história da torre
de Babel, onde os homens queriam construir uma cidade para permanecerem juntos
e também uma torre cujo topo “tocasse”
o céu? O objetivo de tal projeto era para que eles tivessem “um nome” e não
fossem espalhados por toda a terra! (Gênesis 11.14) Pois bem. Embora este sonho
da humanidade tenha se perdido para sempre, devido a uma intervenção divina, existem
hoje em dia centenas de milhares de cidades espalhadas pelo mundo afora e cada uma continua
buscando a projeção e a fama internacional. O homem continua com sua
mania de grandeza e a sua ousadia parece não ter limites. Alguns edifícios
existentes no mundo hoje são tão altos que fariam a torre de babel parecer uma
piada, se tivesse sido concluída! E isso não é tudo. O que mais impressiona é a
moderníssima e arrojada arquitetura que parece desafiar as leis da gravidade e até
da natureza, uma vez que são projetados para suportar todo o tipo de
intempéries.
Alguns dos edifícios mais modernos e altos do mundo.
Mas, o que isso tem a ver com o
nosso assunto a respeito da Cidade cujo Arquiteto e Construtor é o próprio
Deus? Em primeiro lugar por que o
projeto de Deus é muito melhor, tanto do ponto de vista social, que é o que faz
com que as pessoas gostem e queiram viver juntas umas das outras, quanto do
ponto de vista arquitetônico. Pois uma cidade de proporções e singularidades
como a Nova Jerusalém jamais poderia ser construída pelo ser humano nem no
passado nem no presente e nem em tempo algum no futuro! Tem a ver também especialmente
com uma informação a respeito da cidade, que precisa MUITO ser esclarecida. Diz respeito a sua ALTURA! É fácil
compreender como a largura e o comprimento da cidade poderiam ser iguais. Mas,
quanto a sua “altura”, aí sim, temos muitas perguntas a
fazer. É certo que não se trata da altura dos seus muros, pois a medida destes
é diferente e corresponde a 144
(cento e quarenta e quatro) côvados.
Enquanto que a medida da cidade é de 12.000
(doze mil) estádios! Portanto,
repetindo, enquanto a medida da cidade chega a 2.200,00 km. A altura do
muro é de 63,90 metros. Mais ou
menos a altura de um prédio de 20
andares.
Obviamente a cidade que tem a
aparência de um CUBO não poderia ser
formada por um ÚNICO BLOCO! Pois, embora a Bíblia não fale especificamente de
ruas de ouro, avenidas e praças, temos a informação de que existe pelo menos
uma grande PRAÇA no centro da Cidade. Assim sendo, deve haver muitas ruas, praças, avenidas
e locais ao ar livre destinados ao lazer e a reuniões públicas. É importante
lembrar também que na Cidade de Deus os números têm uma importância
fundamental. Tudo nela é simetricamente
perfeito. A SIMETRIA é definida
como “Proporções perfeitas e harmoniosas”. Ou ainda, “Uma
estrutura que permite que um objeto seja dividido em partes de igual formato e
tamanho”.
Algumas representações da Nova Jerusalém na visão de vários artistas.
Quando
João nos fala que o seu tamanho, largura e altura eram iguais, dá-nos uma idéia
de uma estrutura simetricamente perfeita. Realmente para quem a viu à distância
descreveu-a muito bem ao referir-se a ela como uma pedra preciosíssima. Sem dúvida nenhuma uma visão magnífica e estonteante
pelo fulgor da luz divina refletindo sobre o ouro puro e abundante empregado em
sua construção e as belíssimas cores das mais raras pedras preciosas ali
presentes. Proporcionalmente e deste ponto de vista, a visão de João deveria
ser semelhante a que temos da lua cheia numa noite clara. No entanto, um
edifício ou construção simplesmente “quadrado” não seria nada elegante. Por
outro lado, Imagine um prédio muito alto e estreito como aqueles construídos na
cidade de São Paulo que ganharam o apelido de “espigão”. Esteticamente são
muito feios. E isso se deve ao fato de querer aproveitar ao máximo a pequena
área a ser construída aumentando em muito e desproporcionalmente o número de
andares.
Voltando a falar de simetria e
números especialmente utilizados por Deus, o correto é pensar que na visão de
João, ele contemplou toda a grandeza da Cidade de uma distância muito grande,
caso contrário ele não teria percebido a totalidade da sua forma. Ele não pôde
ver detalhes das edificações que haviam dentro dela àquela distância.
Certamente ele só pôde ver toda a magnitude da beleza das suas ruas, praças e
avenidas quando foi introduzido pelo anjo dentro da cidade. Curiosamente parece
que ele não teve tempo nem condições de dar detalhes destas edificações que
certamente observou de perto. Tanto é que temos da parte dele a informação de
que na Cidade não viu nenhum TEMPLO. Mas observou que no centro da Cidade havia
uma praça onde corria um rio que possuía árvores dos dois lados das suas
margens. Eram “árvores” da vida, que produziam DOZE frutos todo mês. Note que
na Nova Jerusalém o número 12 (doze)
aparece em todas as medidas mencionadas no texto bíblico. Tanto é verdade que
até a altura dos muros é de 12 x 12.
Isto é, 144 côvados! Sendo assim,
cremos que a quantidade de edifícios obedece à mesma regra de simetria usada
por Deus. É muito provável que haja um número astronômico de edifícios, múltiplos de doze, com seus respectivos
“apartamentos” especialmente preparados e ornamentados e cujo número
corresponde exatamente à quantidade de salvos inscritos no Livro da Vida desde a
fundação do mundo.
Portanto, a minha opinião é que a
Cidade é formada por centenas de milhares ou até mesmo milhares de milhares de edifícios
gigantescos, numa quantidade numérica
que segue o mesmo padrão divino, múltiplos de doze, todos, no entanto, de uma mesma altura, (12.000 estádios!) simetricamente
perfeitos, individualmente distintos em sua arquitetura e cujo topo atinge literalmente
os CÉUS!
Queira Deus, nosso Bendito
Criador, conservar em cada um de nós a bem aventurada esperança de termos nesta
perfeita e magnífica Cidade, um lugar especialmente preparado para cada um de
nós; Onde poderemos viver para sempre juntos ao nosso Único e Amado Senhor e
Salvador Jesus Cristo!