sexta-feira, 22 de junho de 2012

A Maravilhosa Cidade Projetada por Deus!



E tinha a glória de Deus. A sua luz era semelhante a uma pedra preciosíssima, como a pedra de jaspe, como o cristal resplandecente. Apocalipse 21.11

Por: Ronaldo A. Silva, 20 de junho de 2012
Neste final de semana estaremos estudando a última lição da Escola Bíblica Dominical deste trimestre. A lição intitulada “A Formosa Jerusalém” me despertou para fazer uma análise bem mais profunda sobre o assunto. Não apenas por ser meu dever como professor de Escola Dominical, mas também por pura curiosidade pessoal. Quem não gostaria de ter o privilégio de tê-la contemplado com os próprios olhos como fez o apóstolo João? Já que não tivemos e nem teremos este privilégio, antes do tempo, vamos tentar imaginar o que o apóstolo realmente viu!

Lembram-se da história da torre de Babel, onde os homens queriam construir uma cidade para permanecerem juntos e também uma torre cujo topo “tocasse” o céu? O objetivo de tal projeto era para que eles tivessem “um nome” e não fossem espalhados por toda a terra! (Gênesis 11.14) Pois bem. Embora este sonho da humanidade tenha se perdido para sempre, devido a uma intervenção divina, existem hoje em dia centenas de milhares de cidades espalhadas pelo mundo afora e cada uma continua buscando a projeção e a fama internacional. O homem continua com sua mania de grandeza e a sua ousadia parece não ter limites. Alguns edifícios existentes no mundo hoje são tão altos que fariam a torre de babel parecer uma piada, se tivesse sido concluída! E isso não é tudo. O que mais impressiona é a moderníssima e arrojada arquitetura que parece desafiar as leis da gravidade e até da natureza, uma vez que são projetados para suportar todo o tipo de intempéries.
 Alguns dos edifícios mais modernos e altos do mundo.
Mas, o que isso tem a ver com o nosso assunto a respeito da Cidade cujo Arquiteto e Construtor é o próprio Deus?  Em primeiro lugar por que o projeto de Deus é muito melhor, tanto do ponto de vista social, que é o que faz com que as pessoas gostem e queiram viver juntas umas das outras, quanto do ponto de vista arquitetônico. Pois uma cidade de proporções e singularidades como a Nova Jerusalém jamais poderia ser construída pelo ser humano nem no passado nem no presente e nem em tempo algum no futuro! Tem a ver também especialmente com uma informação a respeito da cidade, que precisa MUITO ser esclarecida. Diz respeito a sua ALTURA! É fácil compreender como a largura e o comprimento da cidade poderiam ser iguais. Mas, quanto a sua “altura”, aí sim, temos muitas perguntas a fazer. É certo que não se trata da altura dos seus muros, pois a medida destes é diferente e corresponde a 144 (cento e quarenta e quatro) côvados. Enquanto que a medida da cidade é de 12.000 (doze mil) estádios! Portanto, repetindo, enquanto a medida da cidade chega a 2.200,00 km. A altura do muro é de 63,90 metros. Mais ou menos a altura de um prédio de 20 andares.

Obviamente a cidade que tem a aparência de um CUBO não poderia ser formada por um ÚNICO BLOCO! Pois, embora a Bíblia não fale especificamente de ruas de ouro, avenidas e praças, temos a informação de que existe pelo menos uma grande PRAÇA no centro da Cidade. Assim sendo, deve haver muitas ruas, praças, avenidas e locais ao ar livre destinados ao lazer e a reuniões públicas. É importante lembrar também que na Cidade de Deus os números têm uma importância fundamental. Tudo nela é simetricamente perfeito. A SIMETRIA é definida como “Proporções perfeitas e harmoniosas”. Ou ainda, “Uma estrutura que permite que um objeto seja dividido em partes de igual formato e tamanho”.
 Algumas representações da Nova Jerusalém na visão de vários artistas.
Quando João nos fala que o seu tamanho, largura e altura eram iguais, dá-nos uma idéia de uma estrutura simetricamente perfeita. Realmente para quem a viu à distância descreveu-a muito bem ao referir-se a ela como uma pedra preciosíssima. Sem dúvida nenhuma uma visão magnífica e estonteante pelo fulgor da luz divina refletindo sobre o ouro puro e abundante empregado em sua construção e as belíssimas cores das mais raras pedras preciosas ali presentes. Proporcionalmente e deste ponto de vista, a visão de João deveria ser semelhante a que temos da lua cheia numa noite clara. No entanto, um edifício ou construção simplesmente “quadrado” não seria nada elegante. Por outro lado, Imagine um prédio muito alto e estreito como aqueles construídos na cidade de São Paulo que ganharam o apelido de “espigão”. Esteticamente são muito feios. E isso se deve ao fato de querer aproveitar ao máximo a pequena área a ser construída aumentando em muito e desproporcionalmente o número de andares.  

Voltando a falar de simetria e números especialmente utilizados por Deus, o correto é pensar que na visão de João, ele contemplou toda a grandeza da Cidade de uma distância muito grande, caso contrário ele não teria percebido a totalidade da sua forma. Ele não pôde ver detalhes das edificações que haviam dentro dela àquela distância. Certamente ele só pôde ver toda a magnitude da beleza das suas ruas, praças e avenidas quando foi introduzido pelo anjo dentro da cidade. Curiosamente parece que ele não teve tempo nem condições de dar detalhes destas edificações que certamente observou de perto. Tanto é que temos da parte dele a informação de que na Cidade não viu nenhum TEMPLO. Mas observou que no centro da Cidade havia uma praça onde corria um rio que possuía árvores dos dois lados das suas margens. Eram “árvores” da vida, que produziam DOZE frutos todo mês. Note que na Nova Jerusalém o número 12 (doze) aparece em todas as medidas mencionadas no texto bíblico. Tanto é verdade que até a altura dos muros é de 12 x 12. Isto é, 144 côvados! Sendo assim, cremos que a quantidade de edifícios obedece à mesma regra de simetria usada por Deus. É muito provável que haja um número astronômico de edifícios, múltiplos de doze, com seus respectivos “apartamentos” especialmente preparados e ornamentados e cujo número corresponde exatamente à quantidade de salvos inscritos no Livro da Vida desde a fundação do mundo.

Portanto, a minha opinião é que a Cidade é formada por centenas de milhares ou até mesmo milhares de milhares de edifícios gigantescos, numa quantidade numérica que segue o mesmo padrão divino, múltiplos de doze, todos, no entanto, de uma mesma altura, (12.000 estádios!) simetricamente perfeitos, individualmente distintos em sua arquitetura e cujo topo atinge literalmente os CÉUS

Queira Deus, nosso Bendito Criador, conservar em cada um de nós a bem aventurada esperança de termos nesta perfeita e magnífica Cidade, um lugar especialmente preparado para cada um de nós; Onde poderemos viver para sempre juntos ao nosso Único e Amado Senhor e Salvador Jesus Cristo!